23 dezembro 2008

Meme

Fui indicado pelo http://sonhadoresradicais.blogspot.com/ [obrigado!]

Essa brincadeira consiste em:
1. Linkar a pessoa que te indicou;
2. Escrever as regras do meme em seu blog; [para alguns, sair da rotina é complicado]
3. Contar 6 coisas aleatórias sobre você;
4. Indique mais 6 pessoas e coloque os links no final do post;
5. Deixe a pessoa saber que você o indicou, deixando um comentário para ela;
6. Deixe os indicados saberem quando você publicar seu post.

Bom, sairá como um post meu "as coisas aleatórias sobre mim", o que vier na cabeça :) [vale o momento, então, quero nem saber]
  • Triste;
  • Dúvida;
  • Vazio;
  • Fuga;
  • Medo;
  • Preguiça.
Indicados:

[Vou deixar os 6º's para que apareçam nos comentários se quiserem] :)

Que a brincadeira com os que eu escolhi possa continuar. E sabemos muito bem que não se trata só de uma brincadeira.

09 dezembro 2008

Sem solução única

Amigo secreto mais presente é igual a vida menos só.

A gente complica o incomplicável, provado por absurdo.

O melhor da vida sempre vem em companhia.

Só vive aquele que pode morrer.

De tudo que foi dito, só vale a pena lembrar aquilo que não se pode esquecer.

07 dezembro 2008

Conversa fiada

Tem uma coisa, que não é bem uma coisa, é um sentimento.
Que passa a ser sentimento quando se expressa, não pelas palavras, mas pelos poros.
- ...A coisa só é sua, quando você sua!
Você perde a noção do tempo e passa a sentir em vez de fazer qualquer outra coisa.
- ...A gente só perde tempo nas nossas vidas quando paramos para percebermos o-tempo-que-estamos-perdendo-em-nossas-vidas.
É justo quando você pensa no que pensa que a coisa foge. E fica o nosso controle, o nosso plano, a nossa mente. Tudo normal, patético. Hoje temos muito mais conhecimento, mais patologias, sabemos identificar muitas coisas... eu não as queria identificar. 'Fale sobre você'. Fale-me você sobre mim, ou melhor, faça alguma coisa. A gente se conhece mais com o tempo?! Posso dizer que eu sou eu desde que fui eu até quando me conheci. Desde então, não mais.

27 novembro 2008

A Corda



Sem que se desse conta
ele pôs-se a contar...
tem quem lhe desse corda
desde a hora de acordar

De noite e de dia
colava no encarte
tinha medo da vizinha
tudo era arte

Um era de lua
Outro era de marte
Amigos de rua
vindos de toda parte

Foi passando
Foi passado
o futuro
papo furado

Tinha tempo
agora é gastado
caso fosse franco
teria gostado

A vida te furta
O laço é forte
A corda é curta
A missão, cumprida

18 novembro 2008

Falência anônima


Calço um sapato
Calço em falso
Cálcios fartos

Passos largos
Passo o dia
Passo em falso

Contra os prós
Contra um conto
Aumento um ponto

20 outubro 2008

Palavras não-ditas

Essa hora tinha que chegar
Enfrentar todo o pessimismo
Achar que o mundo vai acabar
Ver a euforia como paz
Trocar o certo pelo incerto
Sentir medo por sentir medo
Salvar o dia com a frase
Se importar até com a crase
Doer de tão exagerado
Doar de mão-beijada
Calar na hora mais gritante
Gritar na hora mais calante
Delegar a outro uma tarefa mais elegante
E ficar com a mais desconcertante
Ter outros olhos para amar
Amar outros olhos para ter

17 outubro 2008

Era glacial


Era palavra, razão
era um nada
mas eu não a conhecia
e ela padecia

Era pálida, vaga
era um 'não'
tinha sentido
mas não direção

Era presente, diferente
era vida
tomava conta
de ponta-a-ponta

Era muda, mudo
era medo
tudo casual
era glacial

29 setembro 2008

Vice-verso



Já me doei de peito aberto
Me doeu por completo
Já fui direto no caminho certo
Pra ver de perto meu deserto

Já me fiz de inconsciente
Na frente de muita gente
Inventei um monte de lente
Que sente de forma diferente
Mas que ainda me deixa carente

Faltei com atenção
Fiz como a tradição
Mofei na estação
E não vi a exceção

Cobri o feio com bonito
Calei a voz com um grito
E me tornei no havia escrito

24 setembro 2008

Eu vou, cativo

Abra a mente
Abracadabra
Cometa suicídio
Cometa Halley
Curta o pouco
Curta metragem
Vista algo
Vista cansada
Controle-se
Controle remoto
Sinta dor
Cinta liga
Vem sem medo
Ventania
Passe bem
Passeata

18 setembro 2008

Emoções


     Depois de 1h naquela varanda do prédio, Fausto sabia que não era um bom lugar para se esconder.
     Acabara de matar seu patrão com 11 facadas.
     - Estou de férias! Melhor assim.
     Neste mesmo dia, seus números de aposta foram sorteados na loteria e ele estava agora milionário.
     - Foi uma atitude exagerada talvez, mas com ele no meu pé eu não conseguiria usufruir desse prêmio - dissimulava Fausto ao se afastar da varanda e ir de encontro ao elevador do seu andar.
     Agora no elevador ele sentia o sangue voltar a sua velocidade normal dentro das artérias e esfriar.
     - Não foi a sangue frio que fiz isso, agora sim eu tenho uma prova disso.
     Estranhamente ele via que agora sim começava a sentir o ambiente a sua volta. Matar, para Fausto, parece ter aflorado sua percepção.
     - Preciso decidir pra qual lugar eu vou... hum, 7º andar por favor! - falava ele ao funcionário do elevador.
     Chegando no 7º andar, viu que boa parte do que ele lembrava de lá estava agora com cores. Se tratava do andar no qual trabalhava uma amiga dele.
     Cubículos separados, pedaços superiores das cabecinhas se movimentando salientes das separações secretariais.
     Loira, bem vestida e dedos que teclavam rápido. Esta era sua visão.
     - Poliana, será que você poderia me dar a honra da sua companhia numa viagem?
     - Fausto, você sabe muito bem que estou trabalhando muito ultimamente... Não posso!.. Talvez em um dia de folga, se é que ele vai existir. Quando você está planejando?
     - Amanhã... hum, poderia ser agora?
     - Você está louco? Tenho um aluguel pra pagar esqueceu? rs Além do mais, estou sem dinheiro.
     - E se eu te dissesse que amanhã será feriado?
     - Depois a gente conversa, tá?! Estou ocupada.
     - Então, calmamente Fausto se dirige ao seu cubículo, pega sua faca e volta até Poliana. 11 facadas. Todos ao seu redor parecem não esboçar reação: colegas de trabalho, faxineira...
     Fausto olha para a tela do seu computador e acorda.
     Tudo voltara ao normal. Seu MSN estava online, e ele ansiava pela oportunidade de mandar um emoticon.

29 agosto 2008

Gota d'água


Chovia lá fora.
Sobre o barulho das gotas caindo e do rádio tocando baixinho estava a voz dele ecoando em sua cabeça. Ela agora sabia que esse som ia durar mais do que ela gostaria.

"- Eu te falei. Você fica triste quando chove."

Apesar dela saber que isso era verdade, ainda veio em forma de dor.
Como a maioria das pessoas, Sofia achava que ser triste era errado. Então Sofia, só e fria, sofria ainda por ser triste. E sendo triste por ser triste ela não sabia como fazer parar... de chover.

- O que ganharia tentando provar o contrário? - questionava Sofia ao olhar pela janela, a chuva que insistia em deixá-la triste.

- Uma vez eu até fiquei feliz por chover. Mas logo depois que começou a chover eu realmente acho que me entristeci. Seria eu uma pessoa que fica feliz quando está triste?


A noite entrava pela madrugada, e Sofia sem perceber que era sua hóspede mais esperada, teimava em deixar seus pesamentos aonde era conseqüência e não a causa.

Fazia um tempo que ela estava imersa em tamanha tristeza. Sobravam perguntas e escorriam as respostas como a água da chuva que corria lá fora entre as pedras e telhas.

- Quando foi que tudo isso começou? Terá um fim?...

O som do rádio voltou a tocar, agora mais alto. Foi então que Sofia teve a resposta, mas era tarde agora. A chuva parou.

15 agosto 2008

Só brio


Sempre descrente
eu me via de frente
com minha mente
somada com a de tanta gente
escondendo o que sente
Então ao me contar esse fato
soube de imediato
era tudo contexto
de um pretexto
que agora contesto
em forma de protesto
Que eu não presto

E quem diria
Que justamente neste dia
Uma sombra enorme
de forma disforme
meio falsiforme
sumiria sem dar tchau
(como se nunca tivesse
feito nenhum mal)
atendendo minha prece
com toda pressa
vira vida impressa
o que era antes
dois amantes

04 agosto 2008

Os radicais livres no cesto do sentido

 

bolo, boleto

sono, soneto

corno, corneto

cia, cianeto

grave, graveto

traje, trajeto

complô, completo

ré, reto

15 julho 2008

Benedito




Maldito

Sóbrio erudito

Que me faz interdito

Calado e contradito

Desdito

...Bendito



De tanto intercalar

Deu calo de escalar

Agora eu que dito

Edito

E não acredito

No que foi dito

07 julho 2008

Palavra Chave: Capital


Uns compram livro
Livros compridos tão pouco lidos
Outros são mais radicais
Radicais livres comprimidos querendo ser engolidos
Os dois engordam uma ideologia
Os dos livros e os livres

Sentados sem ato
Cem atados
Um vai ao lado
O outro alado

E tem a peça branca que vem com traje fino
Olhos aos pés da letra
Na balada do assaz sino
É a vez das pretas!

Uma via sem volta
A outra nem queria olhar, mas sabia
Que lá no fundo, dos fundos
Fosse o que fosse
Fossa o que fossa
Era tudo vendado
Era tudo vendido

01 julho 2008

Longe de ser ex-perto



Foto: Martin Kenny



Se não fosse o doce, seria a foice e o coice

Se não tivesse a palavra seria só a lavra, ou ah lá, foi-se

Controverso àquele que é contra o verso

Tento de tanto falar inverso, universo, converso

Contanto que não seja tanto, tanto faz

No entanto, não pode pouco, porque não satisfaz

Contudo, tudo que nada pareça deve perecer

Sortudo é quem acrescenta sem estar a crescer

26 junho 2008

Semear



Vamos comentar
esquentar o cenário
Falar aos sete ventos
cantar como um canário
Ser doente por dúvidas
duvidar da saúde
Ter uma banda
tocar um alaúde
Brigar por um espaço com mais estrelas e planetas
Para que possamos trocar de mundo com canetas
Semear uma boa horta
Comer uma boa torta
Reciclar a vida morta
Bater à nossa porta
E ver como a gente se comporta

25 junho 2008

Ação de cor



Um doador de coração
Daqueles sem medo
Sabe de cor a ação
Que entrega logo cedo
um sabor de intenção

Faz raiz na vida inerte
Surpreende e se diverte
Mesmo sem um solo
Toma conta toma colo

Um doa a dor do coração
E perde a cor da vida
O outro perdoa a ação
Mesmo que doa a dor da ida

12 junho 2008

Criador

Assim eu te inventei
Era usado, sem passado....
Coube a mim caçar uma glória
Coube em mim ao calçar sua história

Sabia o que não queria
Não queria o que sabia
Experiência, essência... um preço
Cria dor, medo e um berço
Que não tive sequer um terço

Depois sem nada
debaixo da arcada
Eu prego de aliado
Com seu credo martelado
E me vejo sem avós
Só o som da sua voz
Que ora a frase, orador
Hora é a cria hora criador

06 junho 2008

Migalhas



Eu ainda tenso em você
Te vejo mesmo que não me beija
Quanto ao que sinto no momento
está exposto o oposto
que não é do seu contento
mas é do meu gosto
mas no entanto, não é tanto
tanto que troco de amante
como tomo refrigerante

04 junho 2008

Descompasso



Dos passos que eu dei nesse sol
Devia ser falho meu solado
Dos laços que eu desfiz
Era pra estar desfiado

Das pedras do meu caminho
Esculpi o que ninguém via
Dos solos que eram meu ninho
Sobram brotos de nostalgia

26 maio 2008

Fala que abriga






Preso em papeis subscritos
Turvo em meio a tanta gente
Um povo que não dá mais gritos
Cada vez mais carente
Um dentro do outro na busca de si
Um pouco de cada no nada de todos
E na tentativa de se encontrar
Sobra o nome pra diferenciar
É Camila na fila de gente vazia
João que há dias não come nem um pão
Roberto sozinho no campo aberto
Carol pedindo esmola no farol
Jamil selecionado tal qual num canil
E Marcos diferente de Marina e Augusto, fica sem rima
Porque nem ao menos o poeta é justo.

17 maio 2008

Amor Irônico



Eu queria ter um amor de verdade
Desses de roubar o fôlego
Desses tão falados em músicas e poesias, inclusive esta
Encontrados nos momentos mais inoportunos
Desses incabíveis, mas real
Pois só assim eu poderia envelhecer
Só assim eu saberia dizer
Que apesar de tudo valeu a pena
E que aquilo que eu apostei em momentos errantes
Foi na verdade uma forma de reivindicar
A denotação da humanidade pro amar.

15 maio 2008

Dois amantes



Ele via a vida turva
Ela via uma curva
Ele tinha uma conta pra pagar
Ela tinha uma onda pra pegar
Ele mandava cartas pelo correio
Ela mudava as cordas do arreio
Ele compra flores
Ela nunca as teve
Ele tem dores
Ela tem amores
Ele achava ela linda
Ela achava ele lindo
Ele ouvia um CD
Ela o via ceder
Ele sobrava na festa
Ela soprava na testa
Ele sabia sumir
Ela sabia aparecer
Ele doava um pouco de si
Ela voava com um pouco dele
Ele queria ver a cidade
Ela queria uma saída
Ele esquecera como antes fora
Ela fora como a sua mente ira
Ele era vaidade
Ela sua vida
Ele era a verdade
Ela era a mentira.

14 maio 2008

Salva-vida



Guardei meus erros numa parte escura
E sobrou uma vida vazia
Na qual eu nada fazia
E eu só na janela jazia

Mas agora eu dava conselhos
Na balança os meus desejos
E então uma nova gente eu conheci

Me compravam por um preço mais caro
Da janela eu julgava as falhas das pobres calçadas
Então tudo foi faltando
E os ombros pesando

E nada mais valia
Nada mais cabia
E eu juntava tudo
Era hora de guardar

11 maio 2008

Devaneio



Me engano pra amar
Me calo pra dialogar
Fico atrás pra não atrapalhar
Fecho a tampa pra não transbordar
Uso azul pra alegrar
Invento um termo pra adequar
Vejo o certo pra não errar
Incluo sem conotar
Pra gostar de você e me contrariar

20 abril 2008

Com versos a conversar



Sem você do meu lado eu me tomo a perguntar
coisas que aconteciam antes de você chegar
perguntas sem parar de um medroso a testemunhar
mais um belo olhar, mais um tolo a sonhar

E com você do meu lado eu não consigo perguntar
porque todas as respostas já vem antes do questionar
e tudo se resume no que não ouso pronunciar

O medroso vive me dizendo que não devo me importar
mas só o que faço é me deixar levar e replicar
e não parar de conjugar
nesse tempo que nunca vai parar
porque o que sinto não é de hoje
não é passado e nem trocado
É natural, é infinitivo!

12 abril 2008

Inversos



Sinto que não minto quando tomo do seu vinho tinto
Deito no leito do seu peito de qualquer jeito feito feto
Mas é por um triz, quase faz uma cicatriz no meu nariz
Que desse sonho enfadonho não me recomponho
Pois poucas são as roupas das loucas
Nos encontros tontos de contos sem pontos

05 abril 2008

Meio dobrado entre nós



Queria escrever um bocado
escrevi dobrado
dobrado num quarto
metade de um meio
meio sem nada
meio que num é quarto

Mas cá entre nós
cai entre nós
quando troco as palavras
e o troco do sentido
é sentido que mente
e a mente prega peça
mesmo que eu não peça.

26 março 2008

Previsão do tempo



Tempo pra escrever
Tempo pra pensar
Tempo pra contar
Tempo pra esquecer

Tempo de colher
Tempo de saber
Tempo certo
Tempo errado
Tempo perto
Temperado
Nublado
Tempos atrás

17 março 2008

Livro de cabeceira


Foto: Murilo Martins

Ainda fechada você se mostra
Na capa: dura, sem adornos
Uma orelha que tem resumo duvidoso
Mas ainda sim, é o que mais gosto

Eu tenho você antes de durmir
muito embora já tenha lido sua introdução
Me pego lendo-a como se fosse a primeira vez
Pois sempre me faz feliz lembrar o que atraiu

Livro aberto, momentos de beleza
Outros de tristeza
Capítulos inesquecíveis
Sonetos inaudíveis

Adio os finais com o coração a mil
Leio cada frase como se minha vida dependesse disso
E nada mais é estranho
Deixo os novos parágrafos pro dia seguinte
Porque essa noite seu pedacinho meu já rendeu outro sonho

09 março 2008

Prazo de validade



Te encontrei numa prateleira de supermercado
Uma embalagem meio sujinha, uma marca desconhecida
Validade apagada e data de fabricação suspeita
Meio sem dinheiro resolvi te colocar no carrinho

Mesmo assim eu te levei pra casa
Escondi no meu armário entre outras embalagens antigas
Mas toda vez que eu abria, você se destacava
E deste modo eu esperei a ocasião especial



Luz de velas, cheiro de massa
O aguardo do momento


Lá vem ela
O perfume vence a massa
O sorriso vence a vela

Com cuidado eu te tirei
Com cuidado eu te abri
Só me dei conta do quanto passou
Quando seu prazo eu descobri
Um encontro esperado
Esperado até demais

02 março 2008

drama




Sempre tem gente chegando e saindo e aqui dentro não há mais espaço pra você. Por mais que um dia tenha sido, agora não sei nem mais como é o seu cheiro, menos ainda como é você hoje. É um mural do passado que eu ostento. É um corpo nú que há tempos se mostra mais do que vestido pra mim, pra não dizer inexistente.

Tem um preço pra isso, eu sei, tudo tem. Mas agora foi paga a última parcela e não estou interessado em nenhuma forma de garantia.

27 fevereiro 2008

Perda insolúvel



Num cômodo o artista
no ladrão, malabarista
no fundo uma lembrança
na frente a esperança

Foi dos queridos a mais querida
sempre dotada dos meus acessórios
e, como se não bastasse, agora ferida
tratada sem cuidado e remédios simplórios

Um traço de mim
um braço sem ombro
um colo que abafa
meu perdiz no escombro

-------------
Patrocínio: [Divina Comédia]

06 fevereiro 2008

Promessa de rodapé



Vamos fazer uma lista
pode ser uma coisa mista
Uma em cada listra
Do título ao rodapé
(Só você sabe o que é)
De tudo que se quer
Vamos, não posso esquecer...

Fiquei de me organizar
Mas até agora só azar
E essa lista que não começa?
Vou fazer uma promessa:
Nunca mais invento uma coisa dessa.

27 janeiro 2008

Conjugação



Seria silêncio se não fosse a sua palavra
Seria culpa se não tentasse
Seria belo se não fosse o rancor
Seria pretensão se não fosse a sinceridade
Seria fome se não fosse a vontade
Seria pouco se não fosse a luta
Seria amor se não fosse o compromisso
Seria aquilo se não fosse isso
Seria programado se não fosse especial
Seria triste se não fosse real
Seria pela metade se não fosse você
-----------------

23 janeiro 2008

No meio do devaneio



...Sobretudo eu ainda penso que estou no controle, mas que controle será esse? Depois de um punhado de momentos desesperados e fraquejados eu insisto em me questionar sobre tal poder.
Talvez eu esteja pensando em me enganar, mas quando será que isso foi decidido que eu não participei? Olha eu ai de novo, acho que é instintivo, só pode.
- Ok, eu não estou no controle, tá bom assim?
- Tudo bem, mas eu também não perguntei nada!
- Engraçado como daqui de cima eu vejo tudo com mais clareza...



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