15 julho 2013

Subjetivo


Um profundo desgaste daquilo que era pra ter ficado como essência
E nem tive a decência de dialogar com o tempo
Despercebendo a indecência que eu estava fazendo comigo mesmo
Nada mais me serve de alento
Está tudo caindo, enfraquecendo, levado com o vento
Meus dias sopram um blues que já não mais existe
É fruto do que um dia foi
São saudades, eu sei que são
E é no plural, porque são muitas... e são só minhas
São saudades sua, e você sabe que é de você que estou falando
Saudades da minha ingenuidade, já varrida mundo afora
Pensou que não, mas mexeu e ainda mexe
Se não é a presença, é a falta
Queria não querer
Livros e mais livros explicam o que aconteceu
Mas pra mim sempre foi aquela coisa entre você e eu
Queria não temer
Temer que alguém possa tomar esse lugar, essa sala de estar
Mas eu temo....
Queria não te amar
Mas eu te amo.

09 julho 2013

Vinho tinto

Alguns passos na minha direção
Demonstro minha aflição
De um cara que não sabe falar
De uma mente que não quer calar

Sobre-humano a disputa interna
De querer contar todos os segredos de cara
De esquecer a parte da conquista
E partir pro amor à primeira vista

É claro que nada disso vem fácil
Seria muito estranho se não fosse dócil
[No começo]
Mas parece que tudo só espera
[O meu tropeço]

Ele tenta me embriagar
Me tirar do controle pra me controlar
Abrir uma janela
Respirar
Agora eu sinto
Não, minto, não sinto
Deve ser o vinho tinto

De onde eu tiro tanta conclusão?
Talvez eu esteja saindo da minha direção
Não faço mais sentido
Agora eu sinto
Não, minto, não sinto
Deve-se ao vinho tinto

Acabo de me lembrar
Que a dúvida é pra dialogar
Então fique com a minha pergunta
A quem você quer enganar?
Sinto muito
Minto, não sinto
Deve ser o vinho tinto

Era pra ser uma mentira
De quem só faz por brincadeira
No intuito de que de alguma maneira
Sua mente descubra que nunca caíra
Nessa besteira
Queria tanto... minto, não queria
Era só mais um vinho tinto.



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