19 dezembro 2009

Capricho

Mesmo que os pássaros não cantassem mais
Ainda que o sol não me aquecesse
Eu a teria ainda como a maior falta
Eu a teria como prioridade

Provei da sinceridade o sabor
Pela manutenção da minha sanidade
Tomei do cálice do amor
Pra cegar minha dor

Você nos braços de outro ser
Me vejo enlouquecer
Sem a sua
Devanecer

Nem seu amor por mim é meu
Nada é
Ainda sim, sinto como se fosse
Seu gosto doce

De dentro coisas estranhas
Vento frio das entranhas
Tudo tem um novo aspecto
De um outro espectro

O que faz ou deixa de fazer
A minha vida perecer
Não é o fato de você compreender
Mas do que vem a ser

2 co-mentários:

Francine Ribeiro disse...

Lindo!

Anônimo disse...

Sentir a falta.
Guardar a falta e colocar poesia nela...
Se todos os sentimentos que sentimos na ausência pudessem passar em uma tela...
Os pensamentos que brotam do aperto, aquele aperto que parece eterno que sentimos ao acordar...
E ainda assim querer, nem que seja uma fagulha, desse fogo...



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