14 outubro 2013

Sem essa tez

Eu sigo a vida
Ela me segue de volta
E insiste em me mostrar
Que não tem pra onde fugir
Daquilo que tem dentro de você
Porque é isso que é

Eu sigo as regras
E elas me seguem
Atropelando as minhas ingenuas formas de controlar
Queria ser descontrolado
Controlado por quem quer que seja
Menos eu

Eu sigo amigo
Covarde como só eu sei ser
"Mas eu juro, juro que tentei"
Digo isso pra me confortar
Mas no fundo eu sei
Que estar vivo aqui e agora é a prova de que ainda falta algo pra tentar
Falta mais pra machucar
Não é força, é teimosia, é egoísmo
Que seja

Eu sigo ela
Quer dizer, não sigo mais
Que seja assim
Talvez eu me esqueça
Que a esperança da amnésia
É falta de memória recente e não muito recente
Ressentimento
Recente... re-sente, você sente Rê?
Eu sinto, eu sinto muito mesmo

Eu não precisei perder pra dar valor
Pois já sofria antes de perder
É tão grande que conversa comigo com uma personalidade própria
Não é mais eu, nem você, somos nós
Não é silêncio, é falta de barulho
Não é loucura, é sensatez demais.

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