Com sede, consente
Concede e sente
Um contato
Contente
E o tinto ele consome
E some
Busca uma soma
Que tome, que lhe tenha
(E não se atenha)
Contenha... um tema
E que tema!
Que erros cometa
Que seja
Mais que um cometa
Que fique, indique
Que dê uma dica
Que abdique do dique
Que solte as amarras
Essa busca..
E esse busca também
Só que não sabe bem
Se é a falta do tinto ou se de alguém
Sobra o tinto
Dele se pode provar
15 fevereiro 2012
02 fevereiro 2012
"Age Homem"
E é quando a alma acalma,
Quando você retorna pra si
Enxerga tudo diferente
Novamente
Sente um pouco de frio
Um vazio, mas um vazio muito querido
Um vazio que te faz recordar
Desapegar
Era outro destino que você via
Era outra semente que seria plantada
E agora é só você, afinal
Nada mal
Pouco tempo atrás seria lamento
Seria dor, sem argumento
Agora tudo é possível
Audível
Seus ouvidos estão voltados para dentro
Sua energia, força, recarregadas
Foi preciso viver a tempestade
Agora, saudade
Saudade sem dor
Apenas talvez, vaidade
Se sentir pela metade
Metade que não se tem mais
Quando você retorna pra si
Enxerga tudo diferente
Novamente
Sente um pouco de frio
Um vazio, mas um vazio muito querido
Um vazio que te faz recordar
Desapegar
Era outro destino que você via
Era outra semente que seria plantada
E agora é só você, afinal
Nada mal
Pouco tempo atrás seria lamento
Seria dor, sem argumento
Agora tudo é possível
Audível
Seus ouvidos estão voltados para dentro
Sua energia, força, recarregadas
Foi preciso viver a tempestade
Agora, saudade
Saudade sem dor
Apenas talvez, vaidade
Se sentir pela metade
Metade que não se tem mais
27 janeiro 2012
Ata dura
A gente se esquece quando se aquece
Estremece quando envelhece, acontece
Então evita fadiga (não diga)
Tem uma cria, cantiga
Vira monstro pra fazer de conta
Abre o peito pra trocar o conceito
Pensa de novo pra pensar direito
Hoje a gente não esquece mais
Sabe que não pode olhar pra trás
Mas também não sabe obedecer
Aquele que nos ensina a não entristecer
- Parece tortura, desaparece!
Ô calo doído que não apetece
Faz trocar de sapato de tão chato
Vai ver nem é calo, é carrapato
Estremece quando envelhece, acontece
Então evita fadiga (não diga)
Tem uma cria, cantiga
Vira monstro pra fazer de conta
Abre o peito pra trocar o conceito
Pensa de novo pra pensar direito
Hoje a gente não esquece mais
Sabe que não pode olhar pra trás
Mas também não sabe obedecer
Aquele que nos ensina a não entristecer
- Parece tortura, desaparece!
Ô calo doído que não apetece
Faz trocar de sapato de tão chato
Vai ver nem é calo, é carrapato
30 dezembro 2011
Ex-quesito
Quanto tempo vai demorar pra passar?
Quando o mundo vai voltar a ficar do tamanho dos seus olhos?
Qual a fração do meu corpo que não clama pelo seu?
Quantas vezes eu preciso tentar te esquecer pra lembrar que sou péssimo nisso?
Quando o mundo vai voltar a ficar do tamanho dos seus olhos?
Qual a fração do meu corpo que não clama pelo seu?
Quantas vezes eu preciso tentar te esquecer pra lembrar que sou péssimo nisso?
Elementar
Faltavam aqueles olhos a te observar
Segurar cada pedaço de céu seu caido no mar
Virar o barco e te afogar
Ter de novo um lugar reservado pro seu par
Era de olhos bem abertos que ela se perguntava
Se de novo aquele caminho de antes veria sua amada
Era com o medo, e com a falta que o fogo se alimentava
Hoje a noite seria de calor... e amor
Pare pra pensar e você irá vê-la flutuar... de longe
Não pense e estará como ela, solta no ar
O que é ela eu não sei
Mas me faz respirar
05 dezembro 2011
Destrutível
Vida larga, alarga, a lagarta
Morte um consorte, um corte, má sorte
Tida, a batida, abatida, abate, habita, habitat
Fóssil, ócio, se fosse fácil, dócil
Laços escaços, falsos aços, traços, tratos, pratos... porcelana.
Morte um consorte, um corte, má sorte
Tida, a batida, abatida, abate, habita, habitat
Fóssil, ócio, se fosse fácil, dócil
Laços escaços, falsos aços, traços, tratos, pratos... porcelana.
26 novembro 2011
Se quiser
Meu coração
Feito a 4 mãos
Que assei no seu fogão
Só aceita uma ilusão
Se tiver
Sua colher
Se tiver
Uma palavra sequer
Que saída da sua boca
Peça para ser minha mulher
Feito a 4 mãos
Que assei no seu fogão
Só aceita uma ilusão
Se tiver
Sua colher
Se tiver
Uma palavra sequer
Que saída da sua boca
Peça para ser minha mulher
Olhos
Olhos nos olhos, olhos atentos, movimentos. Tudo se transformou de uma hora pra outra em um espetáculo, uma dança de ballet. Ele não sabia muito bem pra onde olhar com mais atenção, só sabia que não podia perder o que estava acontecendo diante de si.
Seu lugar sempre tinha sido o da platéia, mas mal percebia que ele também era o protagonista de um espetáculo tão grande quanto aquele que assistia. Achava que usava um disfarce a vida toda, mas ali estava aquela que via tanto o show como o que estava por de trás das cortinas.
Havia um misto de sentimentos, movimentos. Ela, sem perceber também, ao se inibir dava a ele todo o holofote que ele queria.
Dois contrários se igualando. Tudo era novo, mas tinha um quê de déjà vu, só que não com eles. Livros, histórias, contos, músicas, poesias descreviam o que só agora fazia sentido. Era o silêncio. Silêncio que trazia a calma de quem encontra aquilo que estava procurando. O alívio.
Não era mais preciso procurar, agora boa parte de suas energias se focavam em entender essa coisa diferente.
E é claro que tudo tem um fim.
Mas talvez não seja uma despedida, talvez seja parte da dança. O segundo ato, o terceiro ato... até que as luzes se acendam.
A platéia nunca mais olhou pro mundo lá fora da mesma maneira que antes. É tudo uma mentira que promove a verdade. É a fantasia que permite a realidade.
Seu lugar sempre tinha sido o da platéia, mas mal percebia que ele também era o protagonista de um espetáculo tão grande quanto aquele que assistia. Achava que usava um disfarce a vida toda, mas ali estava aquela que via tanto o show como o que estava por de trás das cortinas.
Havia um misto de sentimentos, movimentos. Ela, sem perceber também, ao se inibir dava a ele todo o holofote que ele queria.
Dois contrários se igualando. Tudo era novo, mas tinha um quê de déjà vu, só que não com eles. Livros, histórias, contos, músicas, poesias descreviam o que só agora fazia sentido. Era o silêncio. Silêncio que trazia a calma de quem encontra aquilo que estava procurando. O alívio.
Não era mais preciso procurar, agora boa parte de suas energias se focavam em entender essa coisa diferente.
E é claro que tudo tem um fim.
Mas talvez não seja uma despedida, talvez seja parte da dança. O segundo ato, o terceiro ato... até que as luzes se acendam.
A platéia nunca mais olhou pro mundo lá fora da mesma maneira que antes. É tudo uma mentira que promove a verdade. É a fantasia que permite a realidade.
18 novembro 2011
Silêncio
E o nada veio de remo
Remoendo a dor a nado
Nadando pra morrer na praia
Se afogando pra vida parecer mais... merecida, meretriz.
14 novembro 2011
A pergunta
E ela vem pra tirar o sono. Vem pra te dar um rumo, um lugar, uma via, um altar. Ela que te joga pra frente, e muitas vezes pra baixo. E é só com ela que você descobre.
Você, experto que é, cria outras esperando que a primeira vá embora. Tolo. Busca resposta pra trair a nossa anônima. E ela revida, gosta de viver sem aliado. Insolúvel, insensível, insaciável. Abraça com força e toma de assalto os desavisados. É a questão que gosta de ficar aberta. Porque maior que a certeza é dúvida...será?
Você, experto que é, cria outras esperando que a primeira vá embora. Tolo. Busca resposta pra trair a nossa anônima. E ela revida, gosta de viver sem aliado. Insolúvel, insensível, insaciável. Abraça com força e toma de assalto os desavisados. É a questão que gosta de ficar aberta. Porque maior que a certeza é dúvida...será?
01 novembro 2011
Perdido
Eu inventei um mundo pra ficar menos só
Inventei um gosto que é fácil de saciar
Tornei o açúcar algo difícil de se contrariar
Me perco só pra ninguém me localizar
E se o fazem, melhor me afastar
Porque se nem eu me acho, como pode outro alguém se aventurar?
09 outubro 2011
Ego
- Oi Clarice - tentava ele se comunicar.
- Oi.
- Não sabia que estava aí, o que estás fazendo?
- Ainda não sei, talvez esperando ordens.
- De quem?
- Suas.
- Minhas? Como assim? Porque eu haveria de lhe dar ordens?
- Admite que não as quer me dar?
- ...
- ...
- Eu odeio sua sinceridade.
- Mas gosta de mim ainda sim?
- Gosto.
- Gosta quando obedeço?
- Não e sim. Eu gosto quando obedece, mas por opção.
- Eu não tenho opção. Mas posso arrumar algumas, se é de seu querer. Mas ainda sim, uma única opção, continua sendo opção.
- Por que faz isso?
- Por que gosto de você.
- Gosta de me obedecer?
- Sim e não. Eu gosto de te obedecer quando isso me parece a única opção, não por eu querer, mas por ser aquilo, só aquilo, e nada mais.
- Oi.
- Não sabia que estava aí, o que estás fazendo?
- Ainda não sei, talvez esperando ordens.
- De quem?
- Suas.
- Minhas? Como assim? Porque eu haveria de lhe dar ordens?
- Admite que não as quer me dar?
- ...
- ...
- Eu odeio sua sinceridade.
- Mas gosta de mim ainda sim?
- Gosto.
- Gosta quando obedeço?
- Não e sim. Eu gosto quando obedece, mas por opção.
- Eu não tenho opção. Mas posso arrumar algumas, se é de seu querer. Mas ainda sim, uma única opção, continua sendo opção.
- Por que faz isso?
- Por que gosto de você.
- Gosta de me obedecer?
- Sim e não. Eu gosto de te obedecer quando isso me parece a única opção, não por eu querer, mas por ser aquilo, só aquilo, e nada mais.
_______________________________________________________
...
- Quantas vezes tenho que te dizer que gosto de observar de longe?
- Uma só.
- Quantas vezes tenho que te dizer que gosto de observar de longe?
- Uma só.
- Quantas vezes tenho que te dizer que gosto de observar de longe?
- Uma só.
- Quantas vezes tenho que te dizer que gosto de observar de longe?
- Uma só.
- Quantas vezes tenho que te dizer que gosto de observar de longe?
- Uma só.
- Quantas vezes tenho que te dizer que gosto de observar de longe?
- Uma só.
- Quantas vezes tenho que te dizer que gosto de observar de longe?
- Uma só.
- Quantas vezes tenho que te dizer que gosto de observar de longe?
- Uma só.
04 outubro 2011
Euréka
Queria parecer ingênuo, incrédulo e secreto
Queria não poder ver de perto a distância que nos separa
Mas existem certos momentos que a gente precisa ser aquilo que não é para se tornar aquilo que quer ser
E eu hoje sou
Mas você ainda não é.
Então só me resta esperar (ou não) que você não seja você mesma, apenas por um dia, pois assim, quem sabe, você seja minha... para sempre.
Queria não poder ver de perto a distância que nos separa
Mas existem certos momentos que a gente precisa ser aquilo que não é para se tornar aquilo que quer ser
E eu hoje sou
Mas você ainda não é.
Então só me resta esperar (ou não) que você não seja você mesma, apenas por um dia, pois assim, quem sabe, você seja minha... para sempre.
28 setembro 2011
Nada de mas - Projeto Telefone sem Fio
Prove, mas não toque
Toque, mas não olhe.
--------------
Inaugurando com seu desenho neste projeto, Jacques Palermo.
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Inaugurando com seu desenho neste projeto, Jacques Palermo.
03 setembro 2011
Sem dó
Você me inscreveu nas suas notas musicais
Cantou e me encantou
Com dedos angelicais
Me tocou
E eu desafinei 2 vezes mais
De tão bobo que sou
E não da falta que você me faz
Cantou e me encantou
Com dedos angelicais
Me tocou
E eu desafinei 2 vezes mais
De tão bobo que sou
E não da falta que você me faz
22 agosto 2011
Errante
Ando ao acaso: caso, descaso, caso e descaso
De tanto descaso ao acaso, o caso é acatar o agora
Doravante perco o tempo, a rima, o ritmo
Acerca de você, eu me cerco
Hoje pode ser o dia
O dia da lembrança
Hoje e agora
Sem sombra, sem memória
Essa hora eu aproveito, deito e deleito
O antes eu não lembro
Só sento, sinto... não lamento
O futuro está lá fora
De tanto descaso ao acaso, o caso é acatar o agora
Doravante perco o tempo, a rima, o ritmo
Acerca de você, eu me cerco
Hoje pode ser o dia
O dia da lembrança
Hoje e agora
Sem sombra, sem memória
Essa hora eu aproveito, deito e deleito
O antes eu não lembro
Só sento, sinto... não lamento
O futuro está lá fora
13 julho 2011
Herói Anônimo
Porque ele não tinha noção do perigo, foi lá e morreu
Porque ele não sabia amar, foi lá e amou
Porque ele não sabia que era feio, foi lá e se tornou bonito.
Porque ele não sabia amar, foi lá e amou
Porque ele não sabia que era feio, foi lá e se tornou bonito.
05 julho 2011
Auto-Mar
- Chega de ser alheio de sentimento
Um torpor vário, estasiante
Meio que calmante
Um alento
Com o pouco de fora
E nada do lado de dentro
- Quero mais é que pinte mesmo
De azul ao escarlate
Um vazio, depois um estandarte
Pra recomeçar, tal qual navio que parte
Na aventura de se ver sem nada
Tendo só o que lhe sobraste
- Espero e avisto.
Nesse mar áspero e arisco
Uma ilha, um imprevisto
Um ponto bem quisto
Agora só falta provar que existo
Depois de um tempo sem êxito...
Paro e penso... logo desisto.
Um torpor vário, estasiante
Meio que calmante
Um alento
Com o pouco de fora
E nada do lado de dentro
- Vento é evento que sopra.
Na sobra de intento pra dar assunto
Fico calado meio abobado
Como tanto pobre, sem norte
Num sorriso de gente fraca e choro de gente forte
- Quero mais é que pinte mesmo
De azul ao escarlate
Um vazio, depois um estandarte
Pra recomeçar, tal qual navio que parte
Na aventura de se ver sem nada
Tendo só o que lhe sobraste
- Espero e avisto.
Nesse mar áspero e arisco
Uma ilha, um imprevisto
Um ponto bem quisto
Agora só falta provar que existo
Depois de um tempo sem êxito...
Paro e penso... logo desisto.
03 julho 2011
Contratempo
Eu não queria ter conseguido te conquistar
Era pra ser platônico
Era pra ser impossível
A realidade disso era mais do que eu poderia imaginar
Mas você se apaixonou por mim
Todo mundo quer ter alguém pra amar
Então eu escolhi você
Eu sei que você não tinha nada com isso
Mas agora tem, ou pelo menos teve
Não sei se escolhi muito bem
Quer dizer, sei
Mas vou fingir que não
Pra esse buraco no meu peito doer menos
E poder culpar alguém
Não sei mais o tempo que passou
O tempo que deveria curar
Se que ele criou em mim uma certeza
De que nada é feito pra durar
Era pra ser platônico
Era pra ser impossível
A realidade disso era mais do que eu poderia imaginar
Mas você se apaixonou por mim
Todo mundo quer ter alguém pra amar
Então eu escolhi você
Eu sei que você não tinha nada com isso
Mas agora tem, ou pelo menos teve
Não sei se escolhi muito bem
Quer dizer, sei
Mas vou fingir que não
Pra esse buraco no meu peito doer menos
E poder culpar alguém
Não sei mais o tempo que passou
O tempo que deveria curar
Se que ele criou em mim uma certeza
De que nada é feito pra durar
30 junho 2011
Inimigo
Você estragou a coisa mais bonita que tinha dentro de mim
E eu não te dei porque achava que poderia cuidar
Eu te dei porque achava que ficaria melhor em você
Você veste essa roupa, você veste essa levesa
Apesar de pesada, apesar dos pesares
Isso não serve em mim
Não mais
Era pra ser um sonho
Um sonho sonhado por dois
Era pra ser um jogo
Jogado aos pardais
Faz agora todo sentido
Que já não é mais sentido
Nem por mim, nem por você
Talvez por quem não devia
E entender só trás mais vazio
Nem dor, nem amor
Agora sei que espectativa existia
Era você, meu espectador
Esperava seu plano dar errado
Só porque o estrago lhe era mais certo
Você é melhor assim
De lado
Afim
Calado
Atrás...de mim
E eu não te dei porque achava que poderia cuidar
Eu te dei porque achava que ficaria melhor em você
Você veste essa roupa, você veste essa levesa
Apesar de pesada, apesar dos pesares
Isso não serve em mim
Não mais
Era pra ser um sonho
Um sonho sonhado por dois
Era pra ser um jogo
Jogado aos pardais
Faz agora todo sentido
Que já não é mais sentido
Nem por mim, nem por você
Talvez por quem não devia
E entender só trás mais vazio
Nem dor, nem amor
Agora sei que espectativa existia
Era você, meu espectador
Esperava seu plano dar errado
Só porque o estrago lhe era mais certo
Você é melhor assim
De lado
Afim
Calado
Atrás...de mim
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