As vezes é um mero trocadilho
Que me vem de encontro
Talvez um empecilho
Meio assim, meio de canto
É um solavanco
Que me tira do compasso
As vezes nem me tento
As vezes nem me acho
É um suspiro desacordado
Pra me desequilibrar
Porque sabe que meu adorno é dissimular
Daí então eu me pergunto:
Com quem mesmo que eu me pareço?
Com a apatia de antes ou com o desinteresse de agora?
Sou apostas de que um dia vou perder
Sou pergunta nunca querendo responder
Então, que seja declarada a paz
Os dois lados se rendem
E todos perdem para poder ganhar
Uma mesmice disfarçada de sossego
Uma voz do que todos querem
Que entra pra ensaiar o desapego
Faz o que ninguém você faria
Ela não tem nome ou identidade
Mas atende por democracia
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