19 novembro 2009

Cinzas

Sobre o saibro sóbrio sobra sabre
Tralha de uma batalha grisalha
Mangue de sangue, um bang-bang
Épica época hípica
Nenhuma haste em contraste que baste
Já era hora de amora
Espíritos a espreita
E a mera mira que no muro mora
Agira agora como um angorá

08 novembro 2009

Contra-bando

Com medo eu suavisei a morte
Com um dedo eu avisei a sorte
Que do corte inerte
Havia sangue vermelho
Vermelho bem forte

Me chamam de sério
Talvez eu até seja
Eu não me importo
(De certa forma)
Então que não me veja

Pois quanto mais eu corto
Mais ela almeja
Seja sangue vermelho
Seja sangue cereja

Abria no peito
Sobrava nos ombros
Dizia sem jeito
"Na vida dois caminhos
Mas nenhum é eleito"
Abria ferida
Fazia desfeito

01 novembro 2009

Em segundos...


Em um segundo eu quero um quarto que tenha um cesto com um terço seu.

Extra temporal

Em meio a tanta luz não sabia onde olhar
Era como vários tipos de flores no pomar
Sabia que era difícil se concentrar
Escolhia uma só para oferecer ao mar

Não sabia ao certo por que apenas uma
Não via como desobedecer
Era estranho mas sempre foi assim
E assim é que tinha que ser

Claro que era estranho
Ele não era desse mundo
Vinha de outro lugar
Deste, não estava a par

Ficava mais fácil de seguir
Comer o pão ao invés de sair
Comprar ou vender
Não via como desobedecer
Era estranho mas sempre foi assim
E assim é que tinha que ser

Era deselegante
Era falante
Era errada
Errante amante



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