28 maio 2013

O Castelo e o dragão

Adote um dote
Denote
Note
Que a nota que agora anotas não é musical
e nem era pra ser
Era mesmo pra ninguém ler
E se entreter

Tu não anotas porque não tem o que notar
Sua atenção é virada, desvairada
Se a presta, empresta e nunca mais a tem de volta
Corre por ai a solta
Sem escolta

Olhe
Vem vindo alguém
Será que sabe como ir além?
E se não souber, o que é que tem?
Você aprende
...
Ah não, não é ninguém!
...
(Amém)

21 maio 2013

Ar alto, raro efeito

As vezes é um mero trocadilho
Que me vem de encontro
Talvez um empecilho
Meio assim, meio de canto

É um solavanco
Que me tira do compasso
As vezes nem me tento
As vezes nem me acho

É um suspiro desacordado
Pra me desequilibrar
Porque sabe que meu adorno é dissimular

Daí então eu me pergunto:
Com quem mesmo que eu me pareço?
Com a apatia de antes ou com o desinteresse de agora?
Sou apostas de que um dia vou perder
Sou pergunta nunca querendo responder
Então, que seja declarada a paz
Os dois lados se rendem
E todos perdem para poder ganhar
Uma mesmice disfarçada de sossego
Uma voz do que todos querem
Que entra pra ensaiar o desapego
Faz o que ninguém você faria
Ela não tem nome ou identidade
Mas atende por democracia



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